quinta-feira, 17 de dezembro de 2015


    Surpresas por terras britânicas

    Não vai há muito tempo, calcorreava as ruas da movimentada cidade de Londres, num dos meus passeios solitários, quando, por mero acaso, me deparo com um sossegado recanto, cujas placas de entrada anunciavam: “Welcome to Gordon Square Garden”.

Fotografia do Gordon Square Garden

 Umas fotografias aí dispostas despertaram a minha curiosidade. Resolvi aproximar-me. O nome Virginia Woolf soou-me familiar. “Seria a Virginia woolf, autora do conto com uma certa senhora Cage, amiga dos animais, que recebe como herança uma fortuna “desafortunada”, entre a qual um papagaio que provoca um incêndio numa casa quase em ruínas onde, afinal, estava enterrado um tesouro?” – pensei. Acerquei-me e, de facto, era a fotografia dela, a mesma que escreveu A viúva e o papagaio.









    Mas as surpresas não se ficaram por aí. A mesma placa avisava que esse jardim era frequentado pela autora e a sua casa ficaria por ali, nos arredores.
    Apressei-me a contornar o Gordon Square, numa ânsia infindável de encontrar a casa de Virginia Woolf. Não seria tarefa fácil se, a meia dúzia de passos, não encontrasse uma nova placa informativa.

Casa onde viveu Virginia Woolf,
autora de A viúva e o papagaio
 
    Era esta a casa procurada, onde, provavelmente, na sua escrivaninha de madeira exótica, se terá sentado esta mística senhora para escrever um simples e enigmático conto que chegou até nós e que delicia as nossas mentes leitoras.
Isabel Sá


Desafio: Queres ver a biografia de Virginia Woolf postada aqui, neste blogue? E se fosses tu a fazer esse trabalho? Procura algumas informações sobre a sua vida e obra, redige a biografia e entrega-a ao teu professor de Português. Bom trabalho!

7 comentários:

  1. Professora, vi o que nos propôs, achei muito engraçado e fui pesquisar sobre a Virginia Woolf. Comecei a ler, quando me deparei com uma frase que me fez surgir curiosidade. Essa frase dizia que a autora se suicidara. Eu quis saber como e fui a outro site e lá tinha a carta, muito emocionante, que ela escrevera a Leonard antes de se suicidar.
    Gostaria de lhe enviar a carta (traduzida, pois a original está escrita em inglês). Também gostaria de saber se a professora sabe que doença ela tinha.
    Ana Sousa 6ºA

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  2. A tal carta que encontrei:
    “Meu Muito Querido:
    Tenho a certeza de que estou novamente a enlouquecer: sinto que não posso suportar outro desses terríveis períodos. E desta vez não me restabelecerei. Estou a começar a ouvir vozes e não consigo concentrar-me. Por isso vou fazer o que me parece ser o melhor.
    Deste-me a maior felicidade possível. Foste em todos os sentidos tudo o que qualquer pessoa podia ser. Não creio que duas pessoas pudessem ter sido mais felizes até surgir esta terrível doença. Não consigo lutar mais contra ela, sei que estou destruindo a tua vida, que sem mim poderias trabalhar. E trabalharás, eu sei. Como vês, nem isto consigo escrever como deve ser. Não consigo ler.
    O que quero dizer é que te devo toda a felicidade da minha vida. Foste inteiramente paciente comigo e incrivelmente bom.
    Quero dizer isso — toda a gente o sabe. Se alguém me pudesse ter salvo, esse alguém terias sido tu. Perdi tudo menos a certeza da tua bondade. Não posso continuar a estragar a tua vida.
    Não creio que duas pessoas pudessem ter sido mais felizes do que nós fomos.
    V.”
    Ana Sousa 6ºA

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    1. Querida professora, eu fui pesquisar sobre a autora e estive a ver a biografia dela.
      Achei interessante ela ter tido 3 profissões.Devia ser difícil para ela !
      Vou continuar a pesquisar até encontrar a causa da sua morte.
      Bruna Martins 6ºA

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    2. Bem, se queres saber a causa da sua morte, foi porque ela depois de tanto sofrimento da 2ª Guerra Mundial, encheu o casaco de pedregulhos e atirou-se ao rio Ouse.
      Diogo Cunha 5ºA

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  3. A parte que eu mais gostei nesta história foi quando o papagaio estava a tentar comunicar com a viúva para lhe dizer onde estava a herança que o seu irmão lhe deixou.
    A parte que eu menos apreciei foi quando a viúva viu a casa do seu irmão a arder.
    Eu gostei desta história porque é muito rica: o vocabulário, a participação de animais, a mensagem que transmite em que devemos ser amigos dos animais…
    Gostei muito de o ler e recomendo-o.
    Rúben Meira, 5ºA

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  4. Professora,achei interessante o que propôs, por isso fui pesquisar. Li que a autora se suicidou por ter uma doença, que pelo que li, se devia ao facto de ver pessoas sem elas estarem lá e de ouvir vozes imaginárias. Antes de se matar, escreveu uma carta ao companheiro. Depois, vestiu um casaco, colocou-lhe algumas pedras e atirou-se ao rio.Tenho pena, pois gostei muito do livro, e se ela não tivesse morrido, tinha escrito mais história tão engraçadas como o livro "A viúva e o papagaio".
    Matilde Rosas,6ºD

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  5. Na minha opinião, a Sra. Gage, quando recebeu a carta que dava a conhecer a morte do seu irmão Joseph e a herança que ela iria receber, mostrou-se interesseira, pois foi logo buscar a herança,transparecendo, até, alguma felicidade. Esta desconhecia que não ia receber nada, para além de um animal (o papagaio James). A viúva afeiçoou-se logo ao animal, tendo sido ele quem lhe mostrou o lugar onde seu irmão tinha escondido o dinheiro da herança. Quando regressou à sua aldeia, a SR. Gage levou o James consigo e ficaram juntos para sempre.
    Dinis Santos, 5ºA

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