quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Os alunos do 6.ºB agarraram o desafio lançado pela Biblioteca Escolar para participar no concurso "Pequeno Grande C" e escreveram uma narrativa original, com o apoio da professora de Português, que foi posteriormente ilustrada sob a forma de um livro nas aulas de Educação Visual.
Queres ler a história que os teus colegas criaram? Aqui está ela.
O Enigma das Cinco Torres

 Tiago, Luís, Eduarda e Flávia, jovens de onze anos, têm todos adjetivos e alcunhas que os caracterizam. Por exemplo, o Tiago, mais conhecido por Tigas, tem o cabelo curto, castanho e encaracolado. É um jovem muito calmo, mas ao mesmo tempo muito ativo. O Luís, mais tratado por Luki, ao mesmo tempo que é muito engraçado e brincalhão, também tem o seu lado mais calmo, ou seja, é tímido. Tem o cabelo curto, liso e loiro. Quanto às meninas, a Eduarda, cuja alcunha é Dudu, é a mais positiva deste grupo de amigos e tem um lado muito aventureiro. Tem o cabelo comprido, ondulado, castanho e com uma madeixa loira. E, por último, a Flávia, mais tratada por Flá, tem um dom que é ser ótima a decifrar enigmas e é bastante observadora e atenta. Tem o cabelo longo, liso, castanho com madeixas loiras e é a única que tem uma linda marrafa. Estas duas raparigas são muito atentas ao mínimo pormenor, o que as ajuda em várias situações e aventuras. Mas o grupo ainda não está completo, pois falta falar do nosso amigo de quatro patas. Estamos a falar do valente e corajoso Ross, um labrador bege muito fofinho e carinhoso. 
Os cinco amigos conhecem-se desde muito pequeninos e também desde cedo se tornaram os melhores amigos.
 Num dia quente de verão, como não tinham nada para fazer, decidiram praticar algo juntos e então lembraram-se do seu desporto coletivo favorito: hóquei em patins no CPL (Clube de Patinagem de Lisboa), centro enorme e com ótimas condições. Foi neste clube que estes quatro amigos se apaixonaram por esta modalidade desportiva, passando a praticá-la sempre que dispunham de tempo livre.
Estavam todos muito divertidos, a ajudarem-se mutuamente, a fazerem jogos, como se fosse um dia normal passado entre amigos, quando algo irrelevante aconteceu: a Eduarda, despistada como sempre, tropeçou no stick de hóquei e caiu. Os seus amigos e o Ross, que estava na bancada, já bastante preocupados, foram a correr ao seu encontro para a ajudarem.
 Logo após a Eduarda se ter levantado e já estar tudo bem, as raparigas repararam num papel que estava por trás da baliza de hóquei. Os rapazes, ainda sem se aperceberem do que estava realmente a acontecer, foram-se embora com o Ross, sem sequer dizer adeus, enquanto que a Dudu e a Flá tentavam decifrar o que estava escrito no papel. De repente, a Flá apercebeu-se que os seus colegas não estavam lá e, furiosa, disse:
- OS  RAPAZES?! São sempre os mesmos! Devem achar que são os maiores para se irem embora sem sequer avisar, e ainda por cima levaram o Ross! Não mudam nunca!
-Tem calma, mulher! Já estás a fazer uma tempestade num copo de água – disse a Dudu, tentando acalmá-la.
- Se calhar, tens razão, Dudu. Eu é que estou um pouco nervosa com a história do papel. Amanhã, falamos com eles e resolvemos tudo.
Entretanto, algo se passava com os rapazes. Enquanto iam para casa, tiveram uma sensação de perseguição. O Ross não parava de ladrar e queria voltar para trás, mas o Tigas e o Luki tinham medo que algo lhe acontecesse e impediram-no. A sua sorte foi que conheciam uns atalhos como a palma das suas mãos e conseguiram despistar quem os perseguia, continuando o seu caminho para casa.
No dia seguinte, o grupo encontrou-se num parque.
- Então, meus amigos, não têm um pedido de desculpas para fazer?- questionou a Flávia.
- Ahhh, não era para vos chatear, mas como vocês estavam a ler os vossos bilhetinhos de amor, não vos quisemos interromper...
-Ah, ah, ah…! Que piada! Não era isso, seus totós! - retorquiu a Eduarda.
- Para vossa informação, nós estávamos a tentar decifrar o enigma de um papel que encontrámos por trás da baliza de hóquei, no CPL – acrescentou a Flávia.
- Vocês estão para aí a falar, mas fiquem sabendo que enquanto íamos para casa, fomos perseguidos, e se não nos metêssemos em atalhos, podíamos estar feitos ao bife, aliás, nós e o Ross.
- Quero lá saber disso! Mas o Ross está bem? Só estou preocupada com ele – referiu a Dudu.
            - Espera lá… Será que o papel que nós encontrámos tem alguma coisa a ver com a vossa perseguição? – interrogou-se a Flávia.
            - Tens aí o papel? Mostra-no-lo! – disse o Luki, com ansiedade.
            - Eu e a Flá estivemos a tentar decifrar este enigma, e conseguimos, mas ainda nos falta isto – disse a Dudu, indicando no papel o que faltava decifrar.
            Depois de algum esforço, lá conseguiram decifrar os símbolos e as letras estranhas que estavam naquele misterioso papel:

Com a magia da vossa amizade
Um segredo vão descobrir
É um mapa do tesouro
Para no caminho vos seguir.          

            - Mas o que é que será que isto quer dizer? - inquiriu o Tigas, com alguma curiosidade.
            - Será que ‘’a magia da amizade’’ que está escrita no papel quer dizer que nós temos de nos unir ou fazer algo do género? – questionou a Dudu.
            - E que tal se unirmos as mãos? Vamos tentar! – sugeriu a Flá.
           Depois de várias tentativas infrutíferas, quase desistiram, até que o Luki se lembrou de colocar o papel em cima da união das suas mãos, e assim fizeram. E qual não foi o seu espanto quando algo de fantástico aconteceu.
            - Onde está o enigma?! – disse a Dudu, admirada.
        - Não acredito! – exclamou a Flá, perplexa. – A quadra deu lugar a um mapa com cinco torres!!!!
            - Agora, só temos que seguir o mapa e ver para onde esta coisa nos leva! - disse o Tigas, com alguma insegurança.
            - Isto pode nos levar a um tesouro muito valioso!!! – acrescentou o Luki.
            - Mas não se esqueçam! Isto até nos pode levar a um tesouro muito valioso, mas quem nos garante que não é perigoso?- perguntou a Dudu, preocupada com todos.
            - Não sei o que vocês pensam, mas eu acho que se aquele papel chegou até nós, não foi por acaso. Eu, pelo menos, quero embarcar nesta aventura. Quem está comigo? – declarou, com firmeza, a Flávia.
            Todos os restantes concordaram em embarcar naquela aventura, incluindo, é claro, o Ross, que também estava bastante empolgado. E lá foram eles. Contudo, antes disso, tiveram de ir às suas casas. Infelizmente, tiveram que mentir aos seus pais, dizendo que iriam dormir cinco dias a casa de um amigo e que todo o grupo ia, incluindo o pequeno Ross. Mas atenção, ninguém deve fazer o que estes aventureiros fizeram, pois a mentira não se deve praticar, principalmente aos pais. Como a vontade que eles tinham de se aventurarem era grande, mas tão grande, tão grande, tão grande, tão grande, não lhes restou outra alternativa.
           No primeiro dia, e depois de se terem enganado várias vezes no caminho, chegaram finalmente à torre e entraram nela. Aí, encontraram um foco de luz a iluminar um computador preso numa parede rugosa com muito musgo. O Tigas, todo feliz, exclamou bem alto:
            - Ahhhhhhh, um computador de alta tecnologia!!!!
            - E se o computador servir para abrir a porta usando um código secreto? – lembrou-se o Luís. 
           - Talvez eu consiga fazê-lo, já que sou bom a informática. Penso que tenho de desbloquear o sistema interno de segurança para aceder a todas as portas desta torre – pensou o Tiago, sempre a mexer no computador.
            - Tens a certeza, Tigas? – perguntou a Eduarda.
            - Tentar não custa! – disse o Tigas, com muita garra.
            E assim foi. Mas havia um problema: só tinham cinco tentativas e apenas restava uma, até que a Flá se lembrou que a palavra-chave podia ser o número de tentativas que eles tinham. O Tiago resolveu seguir o conselho da Flávia, conseguindo entrar no sistema. Saíram, então, da primeira torre em direção à segunda.
            Esta torre era muito diferente da outra, pois em vez de um computador, estava um piano de cauda branco, que se situava no centro de uma sala. A Flá, muito entusiasmada, exclamou :
- Não posso acreditar! Sempre sonhei em tocar num piano assim! Espera aí, estão ali cinco folhas espalhadas pelo chão. Vou tentar ordená-las de modo a construir uma música e assim desbloquear a passagem. E foi o que ela fez: tocou uma linda melodia de cinco minutos e a porta abriu-se. Felizes, caminharam para a torre seguinte.
Ao chegarem lá, encontraram um microfone e, pousado num velho banco, uma lengalenga em inglês. O Luki estava bastante entusiasmado, pois adorava a língua inglesa e era um ótimo tradutor. Por isso, fez questão de tentar desbloquear a passagem seguinte traduzindo a lengalenga para português. E conseguiu!
Aberta a passagem, os amigos continuaram o seu caminho para a torre seguinte. Lá dentro, viram um menino a chorar e tentaram aproximar-se, mas ele, assustado, afastou-se. A Dudu, com calma, tentou falar com ele e descobriu que era vítima de bullying por parte dos colegas de turma.
- Mas afinal, porque é que gozam contigo? – perguntou-lhe a Dudu.
- Eh galera, você não entende, está à vista de todo o mundo.
         - Não têm que gozar contigo! Só porque és brasileiro, não quer dizer que não fales corretamente.
            - Não é isso, cara. Olhe para minha pele: é negra!
          - Não ligues ao que os outros dizem. Aliás, tu também podias gozar com eles, só porque são brancos, mas não o fazes, pois não? – disse a Dudu, positiva como sempre.
            - E o que é que eu faço para pararem?
            - Se não ligares ao que eles dizem, eles vão ver que não te afetam e vão desistir – aconselhou a Dudu.
          De repente, quando o menino se sentiu melhor, a porta abriu-se e eles caminharam para a última torre, mas antes convidaram-no a ir com eles e combinaram levá-lo aos pais e falar com eles sobre o que se passava com o seu filho.
          Nessa torre, aperceberam-se que a porta já estava aberta. Então, o Ross ativou o seu faro e encontrou um mapa no qual as torres faziam uma roda e um tesouro estava no centro. Caminharam com o Ross a servir de guia e ao chegaram ao local do tesouro, o grupo escavou… escavou… escavou… escavou… escavou… até que o encontraram. Estavam todos muito ansiosos por descobrirem o que estava dentro daquela pequena caixinha de talha dourada. Impacientes, os cinco abriram de uma só vez aquele misterioso cofre e o que é que estava lá dentro… quatro lindíssimas pulseiras para os amigos e uma magnífica coleira para o nosso companheiro Ross!
            Nesse momento, os rapazes viram ao longe dois homens e disseram às raparigas:
            - Eu reconheço aquelas caras, são as pessoas que nos perseguiram!
        - O que será que eles querem? Será que voltaram para nos atacar? – interrogaram-se as raparigas, assustadas.
            Os dois homens aproximaram-se deles e, com medo que eles fugissem, disseram:
            - Tenham calma, não vos queremos assustar, queremos apenas dar-vos os parabéns porque a vossa missão foi cumprida.
            - Mas, o que é que vocês têm a ver com a nossa aventura e porque é que nos perseguiram?
            - Queríamos apenas verificar se vocês eram as pessoas indicadas para viver esta aventura, pois se vocês conseguissem fugir de nós, quereria dizer que estavam aptos para qualquer aventura.
            - E para que serviu isto tudo? – disseram todos em coro.
        - Para vocês nunca se esquecerem que ‘’A amizade vale mais do que qualquer tesouro‘’ !
         Depois de se despedirem daqueles homens, foram para casa muito felizes e exaustos. Dirigiram-se primeiro para a casa da Eduarda, pois os seus pais estavam todos lá, e estavam um pouco aborrecidos por descobrirem que não tinham ido dormir a casa de um amigo, mas que tinham embarcado numa aventura. Os cinco amigos explicaram tudo e foram perdoados, mas prometeram que nunca mais voltariam a mentir.
Estes aventureiros estavam a conversar sobre esta fascinante aventura, quando repararam que as pulseiras e a coleira juntas diziam:

The Best Friends Forever Together





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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Concurso "O Livro do Mês"

Temos urgência nesta causa. Ainda tens (mais) um punhado de tempo? Apronta o corpo. E o coração.
Anda, vamos salvar os animais de rua!
Porque os animais também somos nós.

      Este foi o livro selecionado para o mês de fevereiro. A autora estará na BE para uma conversa com os alunos do 5.º ano no próximo dia 25, pelo que deverás entregar os teus trabalhos até essa data, para os podermos expor.

Tens algum animal de estimação? Queres falar um pouco sobre ele? Podes dizer como é que ele veio parar à tua casa, o que costumas fazer com  ele, o que representa para ti...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sereias

    As sereias são seres com uma parte mulher e outra parte peixe.
    Habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali, para os navios se afundarem. Ulisses conseguiu salvar-se do encanto das sereias, porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro do seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se. No entanto, ficou num estado lastimável quando tentava soltar-se das cordas para ir ter com elas.
 As sereias representam, na cultura contemporânea, o sexo e a sensualidade. Dizem que as sereias são vistas em ilhas e que muitas pessoas encontram- nas mortas, outros dizem que o rei dos mares expulsa as sereias cruéis e elas são obrigadas a ir para a praia.

  As sereias podem respirar debaixo da água e também podem vir à superfície do mar, mas não podem ficar secas, têm que permanecer sempre com o corpo molhado. Elas têm o poder de encantar um homem e fazer um humano virar sereia.

imagem retirada da Internet

Trabalho realizado por Ana Sousa e Sónia Barbosa, 6ºA